Localizada na esquina da 42º com a Sexta Avenida, a cidade de Nova York acordou com uma banca de jornal que só vende fake news. Isso mesmo, ao invés de veículos consagrados, como The Economist, New York Times e o Wall Street Journal, o estabelecimento conta com publicações pouco conhecidas, mas aparentemente muito valorizadas pelo público americano, com o The Informationalist, New York Paper e o The Hour.
As chamadas são graves e preocupantes, como a compra de manifestantes para protestar contra o atual presidente norte-americano, a denúncia que as estrelas de Hollywood estão bebendo sangue de bebês em festas e até a venda do estado do Texas para o México.
A parte triste disso tudo é que, as notícias falsas não foram inventadas pelos veículos vendidos na banquinha, mas sim tiradas da internet, onde são vendidas como informações verdadeiras e o pior, são muito populares.
A banca de jornal, que é uma ativação criada pela TBWA/Chiat/Day New York para impulsionar a campanha “Real Journalism Matters”, do Columbia Journalism Review, é uma ação publicitária implantada a tempo das eleições norte-americanas para governador deste ano. A princípio a ação vinha sendo veiculada com imagens impressas no jornal, de pessoas lendo reportagens falsas em locais públicos.
Funcional até quinta-feira, 08/11, a ativação não se limita apenas à distribuição dos veículos informativos falsos, já que eles contam com guias práticos para que as pessoas evitem fake news durante o período eleitoral.
A ideia da “Fake News Stand”, foi a de ampliar a mensagem criada pelo jornal: “Porque é ano de eleição, não há tempo para se segurar. Nós estamos olhando para esta ativação como um desenho para ser ampliado através da cobertura”, afirma Chris Beresford-Hill, CCO da agência. Ele também complementa que a esperança é que a banca crie burburinho suficiente para reforçar o quão importante é a decisão de cada estadunidense nas próximas semanas.
É importante lembrar que, nos EUA o voto não é obrigatório, o que gera um quadro de desinteresse pelo processo, sempre preocupante aos governadores.
“Nós esperamos que este projeto um dia sirva como um alerta para que todos nós sejamos mais conscientes e cuidadosos com as notícias e informações que vemos e compartilhamos” escreve o Columbia Journalism Review em um editorial publicado em seu site oficial; “Nossa meta é mostrar o custo que a falta de atenção, em termos do tipo de informação que consumimos, seu efeito no jornalismo real e até o seu potencial de violência”.
Fonte: B9