postagem de 01 de Novembro de 2018

Abriram uma banca em Nova York que só vende fake news!

Abriram uma banca em Nova York que só vende fake news!
Criada pela Columbia Journalism Review, a iniciativa conta com revistas dotadas de manchetes tiradas dos principais veículos de desinformação nos EUA.

Localizada na esquina da 42º com a Sexta Avenida, a cidade de Nova York acordou com uma banca de jornal que só vende fake news. Isso mesmo, ao invés de veículos consagrados, como The Economist, New York Times e o Wall Street Journal, o estabelecimento conta com publicações pouco conhecidas, mas aparentemente muito valorizadas pelo público americano, com o The Informationalist, New York Paper e o The Hour.

As chamadas são graves e preocupantes, como a compra de manifestantes para protestar contra o atual presidente norte-americano, a denúncia que as estrelas de Hollywood estão bebendo sangue de bebês em festas e até a venda do estado do Texas para o México.

A parte triste disso tudo é que, as notícias falsas não foram inventadas pelos veículos vendidos na banquinha, mas sim tiradas da internet, onde são vendidas como informações verdadeiras e o pior, são muito populares.

A banca de jornal, que é uma ativação criada pela TBWA/Chiat/Day New York para impulsionar a campanha “Real Journalism Matters”, do Columbia Journalism Review, é uma ação publicitária implantada a tempo das eleições norte-americanas para governador deste ano. A princípio a ação vinha sendo veiculada com imagens impressas no jornal, de pessoas lendo reportagens falsas em locais públicos.

Funcional até quinta-feira, 08/11, a ativação não se limita apenas à distribuição dos veículos informativos falsos, já que eles contam com guias práticos para que as pessoas evitem fake news durante o período eleitoral.

A ideia da “Fake News Stand”, foi a de ampliar a mensagem criada pelo jornal: “Porque é ano de eleição, não há tempo para se segurar. Nós estamos olhando para esta ativação como um desenho para ser ampliado através da cobertura”, afirma Chris Beresford-Hill, CCO da agência. Ele também complementa que a esperança é que a banca crie burburinho suficiente para reforçar o quão importante é a decisão de cada estadunidense nas próximas semanas.

É importante lembrar que, nos EUA o voto não é obrigatório, o que gera um quadro de desinteresse pelo processo, sempre preocupante aos governadores.

“Nós esperamos que este projeto um dia sirva como um alerta para que todos nós sejamos mais conscientes e cuidadosos com as notícias e informações que vemos e compartilhamos” escreve o Columbia Journalism Review em um editorial publicado em seu site oficial; “Nossa meta é mostrar o custo que a falta de atenção, em termos do tipo de informação que consumimos, seu efeito no jornalismo real e até o seu potencial de violência”.

Fonte: B9

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