Junho é conhecido mundialmente como o mês do orgulho LGBT, por marcar o confronto que ocorreu entre essa comunidade e policiais norte-americanos em 1969, conhecido também como a rebelião de Stonewall.
Desde então, o mês é marcado por movimentos modernos, que vão às ruas celebrar o orgulho e lutar pelos direitos da comunidade, hoje conhecida como LGBTQIA+.
Desde 1969 muitas coisas mudaram e, embora esta causa tenha ganhado mais visibilidade, ainda há muito pelo que lutar, e as grandes marcas entendem isso, portanto, apoiam o ativismo LGBTQIA+ e embarcam nos movimentos realizados em junho.
Mas o apoio das marcas nesta causa é realmente genuíno? É sobre isso que vamos falar neste artigo, acompanhe até o final e fique por dentro.
Nas últimas décadas, conforme o avanço tecnológico foi transformando as relações sociais, as pessoas encontraram no meio virtual, a possibilidade de conhecer grupos que combinassem com sua personalidade, sexualidade ou se engajassem pelas mesmas questões. Assim, passaram a discutir assuntos que antes eram considerados tabus.
As empresas entenderam que com as trocas de informações e a democratização da Internet para pesquisas, manifestações e questionamentos, o público tornou-se cada vez mais crítico, buscando se relacionar com marcas que apoiassem os mesmos ideais e causas que eles acreditavam.
Portanto, se posicionar e apoiar causas fez-se fundamental para que as empresas cultivassem um relacionamento com seus clientes. Mas, existe uma diferença entre acreditar e apoiar causas.
Portanto, se a sua marca não entende isso, o “apoiar uma causa” pode se tornar um “tiro saindo pela culatra”.
Sua empresa pode simplesmente querer mostrar para o público que acredita na causa dele, e fazer um post de apoio ou alguma ação que dê visibilidade para a própria marca, como benfeitora social e, neste caso, pode acabar sendo mal visto.
Se, por exemplo, a empresa for oportunista para mostrar apoio à causa nas redes, mas não possuir uma cultura de igualdade e pluralidade interna, em algum momento um funcionário pode relatar ter sofrido algum tipo de preconceito ou exclusão, e o público, imediatamente, verá que as ações midiáticas de apoio não passaram de oportunismo.
E o apoio deve ser pensado de forma que beneficie a causa, e não apenas a imagem da empresa em si.
Veja no próximo tópico quais as ações de algumas marcas que apoiam legitimamente a causa LGBTQIA+.
Neste ano, a “Parada Do Orgulho LGBT” de São Paulo ocorreu de forma online, e a marca de cervejas foi patrocinadora pela terceira vez consecutiva. Além disso, durante a transmissão, a marca disponibilizou um QR Code para venda, via Mercado Livre, do Pack Pride Amstel, com 12 latas de Amstel 350 ml e um par de meias pride exclusivo.
100% da renda arrecadada com essas vendas serão destinadas às ONGs em prol da comunidade LGBTQIA+, apoiadas pela Associação da Parada de São Paulo.
A Nivea se aliou com a ALL OUT, organização que atua no Brasil e no mundo em defesa dos direitos da Comunidade LGBTQIA+, para lançar a campanha “Sinta o Orgulho na Pele”, além disso, a campanha busca identificar projetos com foco no acolhimento da comunidade, que receberão doações através de 100% do lucro das vendas da edição especial nas cores do arco-íris.
Já conhecida por ser uma marca moderna e plural, nesse mês o Google irá promover soluções tecnológicas mais inclusivas, como identificar, por exemplo, através do recurso Maps e Busca se o estabelecimento possui banheiros para gênero neutro, e controles mais detalhados para que as lembranças mostradas no Google Fotos sejam mais inclusivas.
Neste ano o BK focou sua campanha no empoderamento de seus colaboradores que fazem parte da comunidade LGBTQIA+, são mais de 2.700, com foco em divulgá-los como protagonistas da luta pela diversidade. Chamada “A Parada BK”, a campanha espalhou, durante a primeira semana de junho, fotos dos colaboradores pela Avenida Paulista e pontos conhecidos da cidade de São Paulo.
Antes de mais nada, você precisa pensar na estrutura do seu negócio, olhar para os seus colaboradores e analisar se sua empresa é inclusiva, se oferece oportunidades para esta comunidade e, se sim, eles são ouvidos? Seus direitos são atendidos?
Você pode criar projetos de inclusão, mas, primeiro, invista em educar sua equipe, para que todos contribuam na criação de uma cultura empresarial plural e igualitária.
E na hora de criar os projetos, que tal dar uma olhadinha neste blog novamente? Os exemplos citados dos capítulos anteriores podem te dar muitas ideias.
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Benetton Comunicação
Por: Débora Leite
Fotos/Créditos: Meio & Mensagem
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