Design thinking é uma metodologia usada para a criação de produtos, serviços ou melhorias incrementais, como ferramentas e tecnologias. Esse método é capaz de trazer bons resultados, independente do ramo de atuação no qual ele é aplicado. Embora o design thinking seja um método de simples entendimento, isso não significa, necessariamente, que a solução será fácil. É preciso muito emprenho e, acima de tudo, colocar a cabeça para funcionar, afinal, a tradução da palavra thinking é pensar.
Se utilizado da sensibilidade do design, esse recurso pode ser resumido como uma forma de pensar e atender a necessidade dos usuários/clientes, unindo o mindset com um plano de ação. Esta é uma ferramenta que procura obter, ao longo de pequenos processos, insights realizados de forma coletiva e colaborativa, o que pode trazer novas formas de se enxergar um problema e trazer novas soluções.
Esse processo possui quatro etapas fundamentais, que se abordados de maneira eficiente, trazem resultados extraordinários.
1. Imersão
A primeira etapa é a imersão, onde o principal objetivo é a aproximação da equipe com o contexto atual do problema, se colocar no lugar do outro, entender essa nova realidade e suas necessidades. Para tanto, é necessário que a equipe ou pesquisador observe o problema como se fosse algo novo, sem fazer suposições ou julgamentos.
2. Definição
O objetivo dessa etapa é organizar todas as informações obtidas na fase de imersão, gerando insights e identificando informações que irão auxiliar no entendimento do objeto de estudo e já reconhecendo possíveis oportunidades e desafios que serão abordados ao longo da jornada.
3. Ideação
Nessa etapa já é possível entender com certa profundidade as necessidades do usuário e, nesse ponto, os pesquisadores já estão prontos para começar a gerar ideias inovadoras em relação ao tema do projeto.
Como auxílio e para um bom desenvolvimento, é recomendado a utilização de ferramentas de síntese, através de um bom brainstorm que estimule a criatividade. Ao longo do processo, é de extrema importância que os participantes sejam pessoas com diferentes perfis, para que a contribuição de ideias seja mais direta e focada na declaração e definição do problema.
4. Prototipação
Após todo o processo de ideação, elenque os principais insights que o grupo obteve durante a fase anterior, essas ideias devem atender aos objetivos do negócio e, principalmente, atender as necessidades humanas.
A prototipação torna físico, geralmente em escala reduzida, partes relevantes do produto ou serviço. Essa etapa se torna uma das mais importantes, pois aqui, iremos validar e testar todas as soluções propostas pelos participantes durante a etapa de ideação. Aqui as soluções apresentadas nos protótipos são então validadas, melhoradas ou descartadas.
Ainda na etapa da prototipação, a equipe terá uma ideia das restrições do produto e dos problemas existentes e, a partir dessa interação, coletamos insights para aperfeiçoamento do produto ou serviço.
Não! É importante lembrar que o Design Thinking não é um processo sequencial. Todas as etapas envolvidas nessa abordagem não seguem necessariamente uma ordem preestabelecida e é possível usa-las de forma versátil e não linear.
O Design Thinking, de forma geral, pode ajudar sua empresa, de maneira simples e objetiva, a resolver um problema, seja ele dentro do design ou em outras áreas, como a gestão de projetos (scrum, agile entre outros) ou até mesmo em desenvolvimento.
E para quem deseja se aprofundar ainda mais sobre o tema o artigo de Gerd Waloszek (2012) “Introduction to Design Thinking” apresenta informações bem relevantes sobre essa metodologia.
Por: Gleyce Pereira
Foto: Envato
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