postagem de 30 de Abril de 2020

Caso Pugliesi fala sobre influencers, cultura do cancelamento e comunicação

Caso Pugliesi fala sobre influencers, cultura do cancelamento e comunicação
Quem achou que uma pandemia já ia dar o que falar, não conhece nossos influencers e muito menos nosso país!

Para quem ainda não entendeu direito o que aconteceu, um breve resumo: Gabriela Pugliesi, digital influencer e (para alguns) musa fitness, decidiu dar uma pequena festinha com alguns amigos no seu apartamento em São Paulo, no último sábado, 25/04. Como se não bastasse reunir pessoas no meio de um apelo mundial para que todos sigam um isolamento social rígido, a influencer ainda gravou alguns stories divulgando o momento de diversão. Somado a isso, temos também o fato de Gabriela ter sido uma das primeiras celebridades a ser contaminada pelo novo coronavírus no Brasil.

Mas a internet, meus amigos, é rápida. No domingo de manhã, a influencer foi alvo de críticas nas redes sociais e, ao perceber o que tinha feito, decidiu apagar os vídeos e postar um pedido de desculpas.

Essa situação, no entanto, nos fez refletir sobre o papel de influencers digitais na comunicação e na produção de conteúdo e se eles estão, de fato, prontos para se expor e se sabem o quanto isso impacta na vida de cada um dos seus seguidores.

Qual o impacto dos influencers na comunicação?

Como e por que os influencers fazem tanto sucesso? Bom, desde sempre a sociedade tem suas celebridades favoritas. Antigamente, no entanto, para se tornar uma era preciso passar por um processo de validação, que muitas vezes acontecia dentro de uma emissora ou produtora. Só depois, a pessoa passava a ter contato com o público.

Com a internet esse processo de validação deixou de existir, ou melhor dizendo, ele mudou. Agora, todos são os responsáveis por fazer uma validação de quem se torna ou não influencer e isso faz com que qualquer um possa se tornar uma celebridade!

Isso traz transformações gigantescas para o mundo da comunicação, pois esse é um dos motivos que faz com que marcas, jornais e até mesmo a publicidade se reinvente.

As blogueiras, por exemplo, chegaram primeiro no YouTube. Os formadores de opinião resolveram fazer podcast. E os influencers, dominaram o Instagram. Enquanto isso, o jornalismo ficou para trás e a publicidade também. Pode-se dizer que isso aconteceu por medo de se desapegar do tradicional, por medo de fazer diferente e por medo de fugir da fórmula que há tanto tempo vinha dando certo.

Acontece que, não estamos mais nos anos 50, quando o jornal impresso ou rádio eram as principais fontes de informação ou quando a televisão dominava os horários nobres para veicular uma propaganda. Então, ou nós, profissionais da comunicação, garantimos nosso espaço no mundo digital e nos aventuramos por ele, ou perderemos cada vez mais nosso espaço para os influenciadores.

Isso, no entanto, não quer dizer que um seja inimigo do outro. Muito pelo contrário. Enquanto os influenciadores criam tendências e chamam a atenção do público para novos comportamentos, somos nós, profissionais da comunicação, que sabemos fazer um bom conteúdo. Somos nós que sabemos a melhor técnica, a melhor fonte e melhor maneira de passar qualquer tipo de informação ou de mensagem e é por isso, que devemos nos unir!

Nós, ajudamos os influencers a perceberem que cada palavra importa. E eles nos ajudam a chegar onde nunca imaginávamos que chegaríamos.

Enquanto isso, que tal cancelar a cultura do cancelamento?

Podemos dizer que depois da polêmica, Gabriela Pugliesi foi oficialmente cancelada. Mas o que isso significa?

Bom, além de receber diversas críticas, é também receber muitos unfollows, perda de diversos patrocínios e inúmeros comentários negativos. A cultura do cancelamento é muito mais do que um boicote digital ao seu conteúdo, mas também muito ódio e reprovação.

Isso acontece porque, para se tornar influencer você precisa de uma legitimação do público. E para deixar de ser um, basta receber também toda sua reprovação. Mas a cultura do cancelamento chama atenção para o fato de que nós, de maneira geral, temos o poder de decidir quem é aclamado e quem não. O lado bom é que isso também nos mostra que nossa sociedade ainda tem o senso do que é certo e errado.

Num momento crítico como esse, por que não olhamos para as ações dos principais influencers do nosso país? Aqueles que elegemos por meio do voto?

A cultura do cancelamento não deve ser aplicada a tudo e muito menos a todos. Mas ela nos mostra que ainda temos algum senso de justiça e que devemos direcioná-lo para cancelar as pessoas certas!


Benetton Comunicação

Por: Gabriele Fernandez

Fotos/Créditos: Metropoles

O material poderá ser reproduzido, desde que citado fonte.


ei, você do celular

nos diga seu e-mail e fique sabendo tudo que rolou na semana!
somos resultados, estratégia, gestão, design e ux.

aliás, desejamos que sua experiência no site laranja seja inspiradora! ;)

Benetton Comunicação
Política de
privacidade