As mídias sociais são uma realidade inescapável para as marcas que querem dialogar diretamente com seu público, engajar, atrair simpatia, e, claro, vender. No entanto, no último ano, com seus escândalos de manipulação, uso de dados para fins políticos e, até mesmo, experimentos feitos em grupos fechados, levantou-se uma série de questões e desconfianças.
A necessidade de contrapor essas questões motivou, durante o último F8, o CEO do maior grupo de mídias sociais, Mark Zuckerberg, a anunciar uma série de mudanças que modifica não apenas a percepção sobre suas plataformas (Facebook, Messenger, Instagram, WhatsApp) mas, principalmente, a correção das falhas e início de uma nova era de interações dentro dessas mídias.
A temática geral foi “O futuro é privado”, indicando fortemente que a empresa percebeu a necessidade de proteger seus usuários, e seus dados, para continuar atraindo o público para dentro das suas plataformas.
Hoje a publicidade direcionada corresponde a 98% do faturamento do grupo, o que garante que ela não desapareça tão cedo, aliás, nunca desaparecerá, afinal de contas, muitos conteúdos que atraem usuários para dentro das mídias é criado por marcas, gerando grande tráfego de informação e interações constantes.
A experimentação com formatos, sejam os carrosséis de imagem, seja a, ainda em fase de implementação, realidade virtual com uso dos óculos próprios do Facebook, ou ainda tecnologias que mal começaram a ser utilizadas, como a realidade virtual e a realidade aumentada, garantem que temos ainda um grande terreno a ser explorado, ainda mais tendo em vista o grande potencial de gerar engajamento com esses formatos.
Algumas atitudes parecem indicar o caminho a ser seguido, como a possibilidade de serviços premium, sem anúncios, sendo elaborada pelo Facebook, além de variações disso sendo implementadas no LinkedIn, que disponibiliza mais ferramentas para seus clientes premium, ou mesmo o Twitter, que vem estudando também dar mais amparo a quem aderir aos seus pacotes pagos.
Em meio a tudo isso, a publicidade precisará ficar antenada nas mudanças de políticas de uso, adequar suas estratégias para continuar atingindo seu público e gerando interações em um cenário que passará por mudanças profundas.