O termo “acessibilidade” surgiu no final da década de 40, para designar a condição de acesso de pessoas com deficiência. Na década seguinte, profissionais de reabilitação constataram que a reintegração de pessoas reabilitadas no convívio social era dificultada pela existência de barreiras arquitetônicas em edifícios, residências, transporte coletivo e por todo o espaço urbano, o que fez surgir a fase de integração, posteriormente substituída pela inclusão.
No Ano Internacional das Pessoas Deficientes em 1981, grupos de pessoas que lutavam para conseguir visibilidade para esta causa, aproveitaram a data para se manifestar, com o objetivo de criar leis e movimentos na tentativa de oferecer igualdade e oportunidades para todos.
Em consequência dessas ações, a década de 90 evidenciou a necessidade de seguir a pauta universal sobre acessibilidade, projetando ambientes inclusivos nos espaços públicos, para inserção geral, e não apenas de deficientes.
Essa evolução proporcionou que as pessoas compreendessem a acessibilidade como uma necessidade em todos os ambientes.
Atualmente, quando buscamos pela definição de “acessibilidade”, encontramos que o termo se refere à possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia, de edificações, espaços mobiliários, vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo (ABNT NRB 9050).
Compreendida a necessidade da acessibilidade, o tema foi sendo cada vez mais repercutido.
A evolução tecnológica contribuiu nesse aspecto, com o aperfeiçoamento das ferramentas de comunicação e informação que facilitaram a propagação de pautas inclusivas.
O espaço digital também apresentou outra demanda, a necessidade de acessibilidade na web, para contemplar todos os internautas, independente das suas necessidades. Dessa forma surgiu o termo “acessibilidade digital”.
Acessibilidade digital é nada mais do que uma série de recursos que proporcionam que todas as pessoas, independente das suas dificuldades, possam navegar na web, interagir e assimilar conteúdo sem nenhuma barreira.
Em um outro conteúdo aqui do blog, já falamos que ideia da acessibilidade é fornecer acesso para todas as pessoas, independente da sua capacidade, idade ou deficiência.
O ambiente inclusivo é pensado de forma que contemple todos e, por isso, os conteúdos propagados na web precisam ser pensados para incluir deficiências no toque, na visão, na audição e na fala.
Além das pessoas com deficiência, os conteúdos digitais precisam atender outras parcelas do público que possui dificuldade de compreensão, como:
Com a pandemia do COVID-19 em 2020, o contato virtual foi reforçado, em consequência do isolamento social proposto pelo governo como medida protetiva para evitar o contato e propagação do vírus.
Além disso, as informações veiculadas no meio digital, foram fundamentais para informar a população sobre a situação nacional e mundial em relação ao coronavírus, além de colaborar com o compartilhamento de materiais preventivos, a fim de explicar os métodos fundamentais para evitar o contágio.
O contexto evidenciou ainda mais a necessidade da acessibilidade no ambiente virtual, dando maior visibilidade para pessoas com deficiências, seja cognitiva, situacional ou de capacidade de assimilação por idade ou familiaridade com a web. Nesses e em outros casos, o público é excluído quando os conteúdos veiculados não possuem recursos para que eles possam assimilar, independente da deficiência.
O ano de 2020 tem sido marcado por mudanças significativas na sociedade, e a população precisou se adaptar a elas. Novas soluções foram buscadas, e a acessibilidade digital, que já estava sendo pensada anteriormente, mostrou-se como uma transformação positiva.
A inserção dessa mudança pode ser um marco para as futuras gerações e, neste contexto de mudanças, a inserção de todos no ambiente digital pode ser um grande avanço social!
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Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10500/10500_3.PDF
Por: Débora Leite
Fotos: Envato
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