“Podcast”. Essa palavra tem se tornado cada vez mais popular entre as pessoas, assim como os programas que são nomeados por ela.
A origem do termo surgiu da junção de “iPod”, dispositivo da Apple de reprodução de áudio (MP3), com “broadcasting”, palavra em inglês que, traduzida, significa “transmissão”.
Assim, podcast trata-se de uma nova forma de comunicação, através de áudios disponibilizados na internet por meio de plataformas de streaming. Os podcasts são acessados online ou baixados em celulares e computadores de qualquer pessoa.
As temáticas podem ser abordadas de diversas formas como, por exemplo, em entrevistas, áudio documentário, roda de conversa e outros.
Os programas são frequentemente associados ao rádio, e de fato, não dá para negar que o podcasts se apresentam como uma versão inovadora dos programas radiofônicos, em decorrência do desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação, e da democratização do acesso à internet que a sociedade vivenciou nas últimas décadas.
As primeiras menções ao termo surgiram por volta dos anos 2000, em uma época em que os indivíduos estavam criando mais intimidade com o mundo virtual, tornando-se mais ativos nas tomadas de decisões sobre qual tipo de conteúdo consumir.
Com a difusão de aparelhos reprodutores de conteúdo, o processo de disponibilização de programas em rádio para download na internet foi automatizado e popularizado. Embora o nome faça menção ao Ipod, os podcasts não ficaram restritos neste tocador.
O primeiro podcast brasileiro foi o Digital Minds, criado pelo programador Danilo Medeiros em 2004, e falava sobre tecnologia. O intuito na época era diferenciar o blog dele dos demais.
Seguindo este marco, surgiram outros programas que reforçaram a ideia de podcast e foram difundindo o termo.
Em 2005 ocorreu a primeira Conferência Brasileira de Podcast a PodCon Brasil e, após ela, constitui-se a necessidade de uma associação. Então, no dia 13 de maio de 2006 foi fundada a ABPod – Associação Brasileira de Podcasters, com o objetivo de coordenar, orientar e representar locutores, produtores, comentaristas e divulgadores do podcast brasileiro.
No decorrer dos anos houve um crescimento exponencial deste tipo de programa e, de acordo com uma matéria publicada no site da Associação Nacional de Jornais (ANJ), atualmente há mais de dois mil podcasts ativos no país.
A matéria ainda traz informações a partir de uma pesquisa realizada pelo Ibope, mostrando que, apesar de ser um fenômeno recente, os programas são de conhecimento de uma grande parcela dos brasileiros, e muitos deles já incluíram em suas rotinas o hábito de ouvir esse tipo de programação.
O Site UOL também publicou uma matéria revelando que houve um aumento de 60% no consumo desta mídia, e o período de escuta nas plataformas tem aumentado. Em média 25% dos ouvintes brasileiros consomem mais de uma hora de podcasts por dia.
No início da história do rádio as empresas entenderam seu potencial para divulgação e passaram a investir em publicidade. Com esse dinheiro as emissoras investiram na profissionalização de suas produções, e a prática se tornou mais comum.
Em 1932 Getúlio Vargas regulamentou a veiculação de propagandas nas programações e, atualmente, a publicidade nos meios de comunicação são normais. Seja no rádio, na televisão, em revistas ou jornais, os receptores consomem anúncios nos intervalos de programas ou entre as páginas de uma matéria.
Essa prática tem sido adotada também nos podcasts, tendo em vista a popularidade que os programas adquiriram nos últimos anos.
De acordo com o blog Runrun.it, a publicidade em podcasts é uma tendência e o mercado está crescendo, com usuários mensais aumentando entre 21% e 24% ano após ano. Além disso, sua audiência é mais propensa a entender as mensagens, fazer compras e possui um público mais cativo, que tende a ouvir a maior parte dos episódios baixados.
Talvez essas características do público se devam ao fato de serem, em maioria, jovens, como aponta a matéria publicada pelo blog Tracto, revelando que 67% dos ouvintes possuem entre 23 e 39 anos, ou seja, pertencem a uma geração que teve mais contato com a tecnologia e internet.
Investir em propagandas nos podcasts é uma estratégia inovadora para evidenciar marcas. Para empresas que possuem público-alvo com a mesma faixa etária dos ouvintes dos programas, este investimento pode ser assertivo.
Conhecendo a história do podcast e analisando como essa prática tomou espaço no decorrer dos anos, fica evidente sua credibilidade. Também coloca em urgência as pautas de empresas que ainda não se deram conta do novo potencial comunicativo dos programas em plataformas de streaming.
É uma mídia que está crescendo rapidamente, cabe aos empresários e investidores decidirem se vão crescer junto com ela ou não.
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Benetton Comunicação
Por: Débora Leite
Fotos/ Créditos: Divulgação
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