postagem de 22 de Setembro de 2020
Por que a acessibilidade digital é um ato de empatia?
Há alguns dias falamos aqui no blog sobre a acessibilidade digital, que nada mais é do que fornecer acesso, - independente da sua capacidade, idade ou deficiência -, para qualquer pessoa.
Por exemplo, além das pessoas com deficiência, também precisamos pensar na parcela do seu público que pode carregar consigo inúmeras dificuldades para compreensão do seu conteúdo, como idosos que já não contam com 100% da visão, pessoas que não estão familiarizados com a web, não nativos no idioma do seu site ou aplicativo, pessoas pouco ou nada alfabetizadas e, até mesmo, limitações situacionais, como a internet lenta.
Quando falamos em acessibilidade digital, logo pensamos na construção de uma web mais inclusiva. E parte do desafio em prover acessibilidade encontra-se no nível técnico, ou seja, diz respeito à criação de conteúdos que estejam de acordo com as diretrizes que o tornam acessíveis.
De acordo com um estudo realizado em uma parceria do Movimento Web para Todos com a BigData, dos 14 milhões de sites brasileiros analisados, 99% ainda não está acessível para pessoas com deficiência.
E não estamos falando apenas de textos, estamos falando de imagens e formulários também: a pesquisa apontou que cerca de 52,38% dos sites não atendem aos critérios para acessibilidade de formulários e 83,25% também não atendem aos critérios para acessibilidade em imagens.
Levando em consideração que, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, um a quatro brasileiros contam com algum tipo de deficiência, o seu site pode não estar conversando com nenhuma dessas pessoas.
Agora pense: nesse momento delicado em que vivemos, estar em dia com as notícias e atualizações do que acontece no mundo é de extrema importância. Mas como a população surda conseguirá se manter atualizada, considerando que 80% dos surdos não só no Brasil, mas no mundo todo, dependem da linguagem de sinais para obter informações?
Acompanhe nosso artigo até o final para saber um pouco mais sobre como tornar seus conteúdos empáticos e acessíveis para todos!
Por definição, a acessibilidade digital significa que qualquer pessoa, utilizando qualquer tipo de tecnologia de navegação - navegadores gráficos, textuais, especiais para sistemas de computação móvel etc. - deve ser capaz de visitar e interagir com qualquer site, compreendendo inteiramente as informações nele apresentadas.
A acessibilidade é para que todos possam ter a oportunidade, segurança e autonomia de navegarem em um site, aplicativo, mídias sociais, ou até mesmo ler um e-mail marketing, sem encontrarem dificuldades ou se sentirem excluídos.
Antes de tudo: você sabe o que é empatia?
A empatia é a capacidade de projetar a personalidade de alguém num objeto, de forma que este pareça como que impregnado dela.
Ou seja, quando falamos em empatia, estamos falando sobre se colocar no lugar do outro.
Agora sim, vamos falar da acessibilidade digital e a empatia.
A informação é de direito de todos, portanto, assim como os ônibus precisam oferecer a estrutura adequada para transportar um cadeirante, toda e qualquer pessoa precisa ter o direito de navegar por sites e portais e consumir qualquer informação, sem nenhum tipo de dificuldade.
Quando falamos sobre meios de comunicar qualquer coisa para qualquer pessoa, precisamos pensar em todas as possibilidades e em todos os indivíduos que estão inclusos neste grupo.
E é por isso que, ao falarmos sobre sites e comunicações acessíveis para qualquer um, estamos falando sobre a empatia de nos colocar no lugar do outro.
Desenvolver conteúdos voltados para qualquer pessoa pode parecer um grande desafio, mas como diz o ditado, a jornada de mil quilômetros começa com o primeiro passo.
Para auxiliar essa transformação empática, foi criado o WCAG, que são as Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web, que fazem parte de uma série de recomendações para acessibilidade para a web publicadas pela Web Accessibility Initiative, do W3C.
As diretrizes foram desenvolvidas por pessoas e organizações do mundo todo, com um único objetivo: padronizar a construção de conteúdos acessíveis.
As orientações incluem, além do conteúdo para site, a produção de diversos outros formatos, como vídeo, podcasts, redes sociais, infográficos, entre outros, vale a pena dar uma conferida!
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Benetton Comunicação
Por: Laís Amorim
Fotos/ Créditos: Divulgação
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