Considerado um dos maiores reality shows, o Big Brother teve sua primeira edição no Brasil em janeiro de 2002.
Por conta da repercussão - boa ou não -, ano após ano, o número de marcas que querem patrocinar o reality cresce. Grande prova disso foi que após a edição de 2020 do programa, por conta do grande sucesso, antes mesmo de 2021 começar e os participantes serem divulgados, a edição atual já tinha 10 patrocinadores garantidos.
Não são apenas os "brothers" que disputam no programa, grandes marcas consagradas entram também nessa disputa por um espaço de patrocínio.
Mas por que essas grandes marcas entram na briga para marcar presença no reality? É isso que você vai entender neste artigo. Acompanhe até o final para saber e boa leitura!
Não há dúvidas que a edição de 2020 do Big Brother Brasil foi a maior. Isso pelo fato de ter sido a primeira edição que contava com pessoas anônimas e também algumas já conhecidas, como a cantora e atriz, Manu Gavassi.
Inclusive, no décimo paredão do Big Brother Brasil 20, aconteceu a maior votação do programa e de reality shows no mundo, com exatos 1 532 944 337 votos na disputa entre os participantes Felipe Prior, Manu Gavassi e Mari Gonzalez. Esse fato fez com que o programa entrasse para o Guinness World Records como "a maior quantidade de votos do público conseguidos por um programa de televisão".
Achou pouco? Pois, o recorde também foi mencionado no Jornal Nacional, além de ter sido matéria na revista eletrônica estadunidense Variety, que chamou o recorde de "colossal".
Todo esse alvoroço e sucesso de votos do programa chamou a atenção do mercado publicitário e abriu várias portas para marcas interessadas em participarem. Ainda em dezembro de 2020, já havia sido divulgada a informação de que o BBB21 tinha fila de anunciantes, chegando a R$ 529 milhões em patrocínio!
Com o sucesso da edição anterior e a grade procura das marcas para patrocinarem a edição 2021, a Globo desenvolveu um plano comercial que permitia que o programa começasse com mais cotas de patrocínio do que os anos anteriores.
Assim como no BBB20, a edição deste ano conta com a participação de brothers já conhecidos, como Karol Conká, Projota, Carla Dias (ela mesma, a coração com buraquinhos das Chiquititas!) e Fiuk (filho do Fábio Júnior, da Glória Pires não).
8 dessas cotas são as consideradas master, o que garante a exibição de seus nomes ao longo de todo o programa. Outras cotas aparecem apenas em ações pontuais do programa, como nas provas realizadas entre os participantes.
Ainda em 2020, 10 grandes marcas já haviam confirmado a participação no Big Brother Brasil 2021, sendo elas: Americanas, Amstel, Avon, C&A, McDonald’s, P&G, PicPay, Seara, Above e Organnact.
Americanas, PicPay e Avon são algumas das marcas de cotistas BIG da edição. Essa é a cota que equivale ao patrocínio master da atração e, como nos anos anteriores, garante a aparição das marcas em tudo que envolve o BBB na Globo, aparecendo tanto nas exibições diárias na TV aberta, quanto em outros canais, como Multishow, além dos ambientes digitais e redes sociais.
Outro benefício que as cotistas BIG ganham é a permissão de publicar conteúdos em suas próprias redes sobre o programa, além de promover ações dentro do show.
Dos patrocinadores atuais, Americanas e PicPay estiveram na edição anterior. A Avon também já havia participado com ações pontuais, mas essa é a primeira vez que a marca participa como patrocinadora. Por cada uma dessas cotas, a Globo pediu R$ 78 milhões.
C&A, Amstel, Seara, McDonald’s e P&G são as marcas cotistas Anjos, que contam apenas com detalhes que difere da outra cota. Neste caso, o patrocínio das marcas incluem sua aparição em toda a extensão do BBB nos canais da Globo e nas plataformas digitais. Pela cota Anjo, a Globo pediu 59 milhões.
Antes mesmo de estrear, o programa já havia arrecadado cerca de $600 milhões. Valor alto, não é mesmo?
O investimento das marcas não foi atoa, de acordo com uma pesquisa da TunAd, startup que criou uma plataforma de momento marketing, os patrocinadores do BBB21 já vem registrando um grande pico nas buscas.
A C&A, que realizou uma ação no dia 1º de fevereiro, já teve um crescimento de buscas de 9.895% nos 20 minutos após a ação no programa.
Ainda em janeiro (27/01), a Avon realizou uma ativação que trouxe um crescimento de 4.968% em apenas 20 minutos após a exibição.
A terceira marca que mais se destacou e foi mais comentada após sua aparição foi o McDonald's. Na prova realizada dia 04/02, os participantes tiveram que montar uma MéquiBox para ganhar, após 6 horas de prova, a rede de fastfood foi o assunto mais comentado na madrugada toda no Twitter.
De acordo com Ricardo Monteiro, CSO & COO TunAd, “As pessoas quase sempre estão com uma segunda tela quando assistem à TV. Ao contrário do que se imagina, não é uma perda de atenção, mas um ganho de atenção para a marca e para o programa quando as pessoas estão interagindo com o conteúdo exibido. Isto faz o recall da marca ser mais extenso.”
Com a tecnologia, liberdade de expressão nas redes sociais e a agilidade da informação, o usuário deixou de ser passivo às informações e se tornou altamente reativo ao que assiste e consome.
Como Monteiro comenta, as pessoas assistem à TV com uma segunda tela na mão: o celular. Com isso, de acordo com a MAP, agência de inteligência em dados e mídias, o Big Brother Brasil 21 vem sendo um dos assuntos mais comentados das redes sociais durante o início de fevereiro.
Isso por diversos motivos, incluindo polêmicas com posicionamento dos participantes famosos. De acordo com o Meio&Mensagem, na primeira semana de fevereiro, os comentários no Twitter e posts públicos no Facebook sobre o reality cresceram de 15% para 23%, em comparação com a semana anterior, de 26 de janeiro a 1º de fevereiro. Os comentários são sustentados pelo público em geral, que domina 59% das manifestações, porém influenciadores também comentam o game em 39% das postagens.
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Benetton Comunicação
Por: Laís Amorim
Fotos/Créditos: Gshow
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