Fomos condicionados por muito tempo a consumir propagandas ofensivas para determinadas minorias, sem questionar a mídia tradicional.
Esse tipo de propaganda serviu para reforçar preconceitos e estereótipos, e ajudar a reproduzi-los na sociedade.
Mas, com a possibilidade de interagir com os conteúdos, oferecida por meio do avanço tecnológico, da internet e das redes sociais, as pessoas começaram a questionar mais, e o consumidor deixou de ser passivo diante das mídias.
Essa mudança no perfil do consumidor foi fundamental para que as grandes marcas acordassem, e enxergassem que, nesta nova fase, as pessoas estão mais criteriosas e exigentes na hora de consumir, e não irão aceitar campanhas que seguem os velhos estereótipos machistas, racistas, homofóbicos ou outros.
A possibilidade de interagir na internet fez com que a luta das minorias alcançasse mais pessoas, e hoje, a sociedade compreende a necessidade de um mundo igualitário, e luta por isso.
As marcas que entenderam isso, hoje produzem campanhas para eliminar o preconceito reproduzido ao longo dos anos, e pensam em estratégias que contribuem para um mundo melhor, além de alcançar os consumidores que se importam com essas causas.
As propagandas racistas reforçam o preconceito estrutural da sociedade, e por isso algumas marcas também realizam campanhas com foco em eliminar o racismo desde sua base.
A Rede Magazine Luiza propôs um programa de trainee somente para candidatos negros, como uma forma de corrigir a desigualdade no mercado de trabalho brasileiro, em que negros (pretos e pardos) ocupam somente 30% dos cargos de chefia, apesar de serem mais da metade da população, de acordo com dados do IBGE.
Com esse tipo de ação afirmativa e de inclusão no mercado de trabalho, a Rede Magazine Luiza teve como objetivo promover uma sociedade mais igualitária.
A rede de lojas de cosméticos Sephora, após encomendar estudo sobre preconceito racial no varejo, também está buscando maneiras para eliminar o racismo em suas lojas, transformando seu marketing, portfólio e treinamentos.
De acordo com a matéria publicada pelo site Meio&Mensagem, a Sephora irá dobrar seu sortimento de marcas de propriedade de empreendedores negros, e também terá uma aba dedicada à essas marcas em seu website.
A Sephora também irá incrementar seu sistema de recepção de clientes para que estes sejam mais conscientes, e também melhorará os treinamentos da sua equipe, entre outras ações inclusivas.
Essas campanhas oferecem mais oportunidades para negros, pretos ou pardos, e tornam os ambientes mais inclusivos e diversificados.
Além das campanhas estruturais, as empresas compreendem o potencial das propagandas, que antes eram utilizadas para disseminar mais estereótipos, e hoje podem ser uma estratégia na luta contra o preconceito.
Por isso, separamos algumas propagandas que abordam o racismo, e são exemplos de mídias que fortalecem a consciência social, assistam:
Ninguém Nasce Racista. Continue Criança. – Criança Esperança (Rede Globo)
Aliados Pelo Respeito – Bradesco
Dez Expressões Racistas Que Você Fala Sem Perceber – VEJA
E aí? Ficou emocionado(a)?
As propagandas possuem a capacidade de nos tocar, e é por isso que são estratégias fundamentais na luta contra o racismo.
A sociedade mudou, essas mudanças nos permitem questionar e agir para transformar o mundo, portanto, comece transformando as campanhas da sua empresa, siga os exemplos que citamos, e não aceite o racismo.
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- Como todos nós podemos combater o racismo?
- Precisamos falar sobre o racismo na comunicação
Por: Débora Leite
Fotos: Magazine Luiza/Divulgação
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