postagem de 13 de Março de 2019

Sim, a igualdade de gênero está longe de ser uma realidade

Sim, a igualdade de gênero está longe de ser uma realidade
O primeiro dia do SXSW reforça questões de trabalho entre homens e mulheres e evidencia o desiquilíbrio.

Após um dia todo mergulhada no assunto, abordado no primeiro dia do SXSW 2019, Mariana Dolinsky, Senior Client Partner no Twitter, concluiu o que já sabemos: estamos muito longe da igualdade de gênero.

Assim como nos últimos anos, o primeiro dia do evento explorou (e muito!), assuntos sobre a igualdade de gênero, revelando que essa realidade não é só nossa, mas sim do mundo todo. Mesmo na Suécia, melhor país para ser mulher segundo matéria publicada pelo The New York Times, apenas 6% das posições C-Level (CEOs e outros cargos de alto escalão executivo) das empresas de capital aberto do país são ocupadas por mulheres.

A palestra “The Economic Case for Gender Equality”, de Alexander de Croo, primeiro-ministro da Bélgica, apontou que, apesar das mulheres serem maioria demograficamente, apenas 45% delas são economicamente ativas no mundo. Se olharmos para as mulheres inseridas no mercado de trabalho, a discrepância salarial é ainda mais triste: em alguns países, as mulheres chegam a ganhar 30% menos que os homens, exercendo a mesma função. Com a média salarial feminina também sendo inferior, com um gap de 20%, os dados ainda revelam que os homens ocupam a maior parte dos cargos mais bem remunerados.

Seguindo a fala do primeiro-ministro, vemos que, após ter filhos, a tendência é que o homem passe a trabalhar mais horas e a mulher menos. De Croo contou ainda que, 80% dos empregos de meio período são ocupados pelas mulheres, mostrando como essas situações contribuem para que, em média, a cada filho, o gap entre o salário do homem e da mulher aumente 7%.

Enquanto isso, estudos revelam que a mulher reinveste 90% da sua renda na família, enquanto os homens reinvestem 60%. Também não precisamos ir muito longe para entender o potencial de uma população feminina mais ativa economicamente e o impacto positivo que esse fato pode agregar para as gerações futuras.

Se as mulheres prosperam, a sociedade prospera.

Kendra Scott, CEO da joalheria de mesmo nome, trouxe uma pesquisa da LeanIn.Org e do Survey Monkey, que revela que 50% dos homens em posições de liderança não se sentem confortáveis em fazer mentoria de mulheres, dificultando ainda mais o acesso delas a cargos de gestão.

Em depoimento pessoal, Alexander de Croo comenta o quanto espera que, com a transformação dos papéis, os homens possam se libertar de estereótipos prejudiciais de masculinidade e alcançar uma vida com mais equilíbrio entre trabalho e tempo para a família.

Ao fim do dia, Mariana afirma que teve a certeza do quão essencial é trazer os homens para conversas sobre o feminismo. Como disse Karen Alston, CEO da Spectrum Circle, startup voltada para soluções de gap salarial, “We're herewe're f*cking angry! ”.

A verdade é que a parcela masculina deve ter espaço (e vontade) para debater, entender e, por fim, atuar em prol do feminismo e da igualdade. Como dito por Mario Sérgio Cortella: “Feminismo não é o contrário de machismo, o machismo é a suposição de que nós homens somos superiores, o feminismo não é a suposição de que as mulheres são superiores. E a suposição de que homens e mulheres são iguais. Portanto, feminismo e machismo, um não é o contrário do outro, o contrário de machismo é inteligência”.

Fonte: B9

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