Um dos pensadores mais influentes desse século pela Revista Squire, o atual diretor da Rhode Island School of Design, John Maeda acredita que o avanço tecnológico por si só não é mais capaz de gerar produtos e serviços que as pessoas sintam prazer de usar.
"Novas tecnologias não bastam para diferenciar os produtos. Quanto mais tecnologia temos, mais importante tornam-se a simplicidade e o bom design. A empatia está se tornando mais relevante do que a eficiência."
Com isso desenvolveu as chamadas "Leis da Simplicidade" em um livro, no qual apresenta um conjunto de princípios de como o design e uma sensibilidade mais apurada podem facilitar a vida contemporânea. Por exemplo, "simplicidade é subtrair o óbvio e adicionar o que interessa".
Para ele os líderes industriais estão aprendendo que novos produtos e ideias não vêm apenas de avanços tecnológicos, mas da habilidade de formular grandes questões, com um ambiente favorável à inovação.
"Historicamente, as empresas têm a tendência de adicionar tecnologia aos produtos porque isso não custa tanto a mais, mas impressiona o suficiente para justificar um aumento de preço. Essa prática resulta em produtos que os consumidores não sabem para que serve ou não podem aproveitar muitos dos seus recursos. Mais não é necessariamente melhor. Por isso, simplificar o design não significa necessariamente menos funcionalidades, mas criar funções significativas."
Nos Estados Unidos, há um crescente reconhecimento na comunidade tecnológica de que o design é o que diferencia produtos e companhias inovadoras e esse é a principal abordagem de suas palestras pelo mundo. Atualmente, Maeda trabalha com novos designers e artistas em busca de soluções que valorizem a experiência humana.
"As características mais importantes da liderança criativa são priorizar a inspiração no lugar do medo, valorizar mais as redes de relacionamento do que a hierarquia estrita e dar mais ênfase à interação do que à finalidade."
Fonte: Jornal Zero Hora