Anúncios digitais podem ser a salvação de empresas que trabalham com internet e o pavor dos usuários, com isso, os ad blockers se tornaram uma questão um tanto quanto polêmica no meio digital.
Para alguns usuários, os plug-ins são ideais para aliviar o excesso de publicidade, enquanto as grandes empresas seguem sofrendo para combater essas ferramentas, que interferem diretamente nos negócios. A preocupação é tanta que há quem esteja disposto a banir de vez o uso os bloqueadores.
Quem aderiu à metodologia extrema foi o Spotify, que declarou via e-mail aos usuários que, a partir do dia 1º de março, qualquer tipo de ad blocker está oficialmente fora de cogitação na ferramenta. A medida possui punição severa: usuários terão suas contas suspensas ou até mesmo deletadas em caráter imediato. O mesmo vale para “bots e atividades fraudulentas de streaming”.
Se considerarmos que os ad blockers são um problema recorrente na plataforma, a medida faz sentido. Em março do ano passado, o Spotify relatou que cerca de 2 milhões de usuários usavam esses tipos de plug-ins na versão grátis do streaming, o que parecia suficiente para complicar o caixa na seção de publicidade do aplicativo.
A ação também será responsável por uma espécie de reorganização dos negócios que a empresa vem aplicando nas últimas semanas. Além de ter declarado em seu relatório trimestral que, pela primeira vez na história, a companhia gerou lucros aos investidores, o Spotify também anunciou a aquisição da Gimlet e da Anchor, duas das maiores empresas na área de podcast.