postagem de 03 de Maio de 2019

Zuckenberg anuncia o destino das suas redes sociais

Zuckenberg anuncia o destino das suas redes sociais
Na conferência F8, CEO do Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp anunciou mudanças interessantes para todas as suas plataformas

"O futuro é privado" foi como o CEO abriu sua palestra. Após inúmeros problemas com dados vazados, principalmente (mas não só) por conta das inúmeras polêmicas com a Cambridge Analytica, Zuckenberg foi além e disse "a privacidade nos dá a liberdade de sermos nós mesmos", admitindo os problemas do passado e afirmando que se nortearão em seis princípios para reestruturar a relação das suas mídias sociais com o público: interações privativas, encriptação, permanência reduzida, segurança, interoperabilidade e armazenamento de dados seguro.

Para isso o grupo irá investir pesado em remodelar sua infraestrutura de privacidade, incluindo software e hardware, e trabalhar ativamente para que as plataformas sejam usadas "para o bem", uma motivação nobre, que ressoa com os casos de manipulação de dados, mas que ainda não está muito clara como será implementada. Os planos para o Messenger são ousados: torná-lo o aplicativo de conversa mais rápido do planeta, utilizando menos memória e consumindo menos bateria. As mensagens serão criptografadas de ponta a ponta, acrescentando uma camada de segurança que condiz com a nova política de ênfase na privacidade. A rede dará suporte para uma lista de "amigos próximos e família", além de possibilitar que grupos assistam ao mesmo vídeo ao mesmo tempo dentro do chat, fortalecendo nossas conexões humanas. E, para simplificar o uso e aumentar as interações entre amigos, a ideia é unificar todos os "chats": você poderá enviar, e receber, mensagens de qualquer plataforma para qualquer plataforma do grupo, integrando, efetivamente, todas elas.

Além de tudo isso, o Messenger deve ganhar um aplicativo para PC e MAC ainda esse ano, aumentando a sua importância e competindo diretamente com outras plataformas como Skype. O Facebook é o que terá as modificações mais intensas, primeiro porque receberá uma atualização chamada FB5, que, além de alterar o esquema de cores, retirando o azul e deixando o aplicativo quase todo branco, fará com que o foco deixe de ser a timeline e passe a ser grupos e eventos, buscando ampliar as interações entre amigos e familiares. Além disso o Facebook expandirá o Facebook Dating, recurso que foi criado para competir com o Tinder e tem exatamente a mesma função, mas a partir do Facebook e, como a palavra de ordem é privacidade, nenhuma das suas atividades lá serão compartilhadas dentro do Facebook. Como uma espécie de complemento a esse novo recurso, Zuckenberg apresentou ainda Secret Crush, que nada mais é do que a possibilidade de criar "listas" de amigos em quem você tem um interesse especial e, caso ele também te coloque nessa lista, os dois recebem uma notificação sobre o match.

O Instagram ganha algumas novidades também interessantes, a primeira é a possibilidade ampliada de adquirir produtos dentro do aplicativo a partir de fotos de celebridades, atletas e outros criadores de conteúdo, além, claro, das marcas. Para artistas um novo recurso promete: a remodelagem da câmera, que agora terá o Modo de Criação, que permite subir imagens para a plataforma sem utilizar uma foto pré-existente. Além disso há um detalhe muito interessante que será acrescentado, ou melhor dizendo, omitido: o número de likes de uma publicação só ficará disponível para o autor, em uma tentativa de diminuir a competitividade tão característica da plataforma.

Já o Whatsapp ganha ênfase ainda maior para os negócios, como já havíamos falado aqui, e permitirá, em breve, o pagamento direto de produtos e serviços. Por último, uma novidade de equipamento: o Facebook colocou em pré-venda dois headsets de realidade virtual, o Oculus Rift S e Oculus Quest. O Rift S foi feito para ser usado em conjunto com o PC, enquanto o Oculus Quest foi pensado para ser usado independentemente. Infelizmente essas serão novidades que teremos que aguardar, pois não temos previsão da chegada de nenhum dos dois ao Brasil.

Após anos turbulentos, principalmente por causa das questões de privacidade, Zuckenberg parece ter aprendido essa lição e busca reposicionar as suas marcas para reverter os problemas em suas redes, como a debandada de marcas e usuários, se preocupando mais com a maneira como essas redes afetam as pessoas, os relacionamentos e, consequentemente, a sociedade como um todo. Parece ser um passo em direção a uma maneira mais madura de lidar com essas mídias, no entanto ainda precisamos ver como o público reagirá às mudanças.

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