Não é de hoje que falamos e nos preocupamos com pautas humanitárias tão importantes quanto saúde mental. É necessário discutir de forma segura sobre o assunto, a fim de evitar o aumento nos índices de suicídio no país e ao redor mundo.

Afinal, os números já são verdadeiramente alarmantes: de acordo com o DataSUS, os óbitos no Brasil causados por lesões autoinfligidas passaram de 7 mil para 14 mil dentro dos últimos 20 anos. Isso corresponde a mais de uma fatalidade por hora, o que supera o total de mortes em acidentes de moto ou por HIV.

Diante desses trágicos dados, como a sua empresa pode se posicionar? Continue a leitura deste blog para saber mais.

Uma breve linha do tempo

O Setembro Amarelo começou em 1994 nos Estados Unidos, após o suicídio do jovem Mike Emme, de apenas 17 anos. Mike era conhecido por sua personalidade carinhosa e suas incríveis habilidades mecânicas, já que foi capaz de restaurar sozinho um Mustang 68 e pintá-lo de amarelo.

Infelizmente, seus amigos e familiares não interpretaram a tempo os sinais de que ele pretendia tirar a própria vida. Depois da fatalidade, todos se uniram para distribuir fitas amarelas em seu funeral, com mensagens oferecendo ajuda.

Essa ação alcançou grandes proporções e atingiu o mundo inteiro. Em 2003, apenas 9 anos depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a data de 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.

A partir de 2015, a campanha de conscientização se popularizou no Brasil e passou a se estender por todo o mês, recebendo apoio de entidades como o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Entenda o papel da sua empresa

A verdade é que a sua marca não pode simplesmente fechar os olhos para um problema tão palpável na sociedade atual. Diversos casos como o de Mike podem ser evitados se oferecermos uma escuta ativa quando se trata de sentimentos ruins e transtornos mentais.

Veja a seguir a lista de ações que o Time Laranja separou para que a sua corporação saiba por onde começar:

1- Estimule o debate entre gestores e colaboradores

A melhor forma para diminuir a percepção de alguém sobre um problema é o diálogo. Seu colaborador, colega ou gestor de área precisa se sentir confortável para falar sobre sentimentos de forma clara, na companhia de um ouvinte que o conforte sem julgamentos.

Aqui na Benetton, organizamos reuniões 1:1 entre os colaboradores e seus gestores de área para que todas as expectativas e visões em relação ao trabalho sejam compartilhadas com muita transparência. Esse alinhamento mensal nos ajuda a entender que não estamos sozinhos e que temos voz dentro da empresa.

2- Oriente seus funcionários a fazer algumas pausas

Sejamos sinceros agora: a rotina de trabalho por vezes pode ser algo exaustivo e maçante. Tenha sempre em mente que tudo que é feito em excesso faz mal à saúde. Oriente seus colaboradores a fazerem pequenas pausas no dia a dia para evitar o esgotamento mental.

Além disso, tirar férias, receber day off no aniversário e fazer pausas aos fins de semana ajudam a preservar a saúde mental e acrescentar um novo ânimo na volta do descanso. Esses momentos são extremamente importantes para evitar a ocorrência da Síndrome de Burnout, o temido distúrbio emocional causado pelo excesso de trabalho.

3- Ofereça ajuda profissional para todos que precisam

Se o comportamento de seus colegas de trabalho está preocupante, aconselhe a procura por auxílio profissional. Indique ajuda especializada, como o mapa da saúde mental ou o CVV, que prestam apoio emocional voluntariamente, por e-mail, telefone ou chat.

Preste atenção aos detalhes e seja participativo. Evite o suicídio: prolongue a sua vida e a de todos que te cercam.

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Benetton Comunicação

Por: Mariana Romeira

Fotos/Créditos: Envato

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