Em 1915 Einstein publicou a sua teoria geral de
relatividade. Se apoiando nos ombros do gigante Newton, o judeu alemão formulou
uma série de teorias que modificaram o entendimento sobre o espaço, o tempo, o
universo e tudo mais.
Em 2019 o projeto Event Horizon Telescope, com uma equipe de
200 cientistas, após dois anos de muito trabalho e a utilização de 8
radiotelescópios ao redor do mundo, conseguiram fotografar um buraco negro,
confirmando o que Einstein havia previsto mais de um século antes.
O buraco negro eternizado em imagens e vídeos fica na galáxia
Messier 87, localizada no aglomerado vizinho de Virgem, a 5 milhões de anos-luz
da Terra, ou seja, o que vemos nas fotografias não é como ele é hoje, mas como
foi no passado.
O que se enxerga na fotografia, esse anel vermelho, é na
verdade, a luz se deformando por causa da sua enorme gravidade, a borda
interior é o que é chamado de horizonte de eventos, a partir daquele ponto nada
mais escapa a gravidade, nem mesmo a luz.
Muito se especulou, e se especulará, sobre como exatamente é
um buraco negro, o que está dentro dele e como exatamente as leis da física
mudam em seu interior.
Muito se imaginou, e se imaginará, sobre como é exatamente
cada uma das maravilhas do universo, cada mistério, cada estrela, mas tão
importante quanto especularmos é trabalharmos para saber, para aprender, para
crescer, para sermos maiores, para enxergar mais longe, subindo em ombros de
gigantes para isso, e esperando um século, se for preciso, para confirmarmos,
se preciso for.