Likes, comentários e compartilhamentos, além das marcações em publicações, locais e fotos. A verdade é que nos expomos espontaneamente nas mídias sociais. Nosso comportamento, pensamentos e rotina são divulgados por nós mesmos, sem delongas ou receio.
Esses são os famosos dados abertos, que incluem nome e informações “básicas”, que inserimos em formulários do Facebook, Instagram, Linkedin, Twitter e outras mídias sociais e aplicativos.
Foi exatamente com base nesses dados expostos nas mídias sociais, que uma equipe de pesquisadores da OTAN realizou um experimento com militares em diferentes operações. Foram criados dois grupos direcionados à militares no Facebook, em que os usuários poderiam interagir entre si, compartilhando experiências. Vários usuários da rede entraram nesse grupo e as recomendações do próprio Facebook foram angariando mais e mais membros.
Conforme esses militares iam interagindo, a equipe de pesquisadores ia buscando mais informações em seus perfis, dentro do próprio Facebook e em outras mídias sociais e aplicativos, observando as curtidas, comentários e publicações.
Com isso, as informações encontradas foram se relacionando com as missões, já que era possível notar a localização das tropas, como elas se moviam e agiam. Além disso, foram descobertos militares endividados, casados que traíam suas esposas (aplicativos de relacionamento), levantando a possibilidade de chantagem, prejudicando o desempenho desses profissionais e pondo a missão em risco. Foi aí que a equipe parou as pesquisas.
O estudo releva e expõe a nossa vulnerabilidade e como ela vai além dos escândalos de segurança que já envolveram Facebook e Google. Não são necessários hackers e invasões, está tudo ali, nós entregamos as informações espontaneamente.
Fica a reflexão e alerta, para nós mesmos.